Pois que já cheguei a Portugal, sim.
Ainda em modo alien, mas já cá estamos.
Por aqui, tudo na paz, quer dizer mais ou menos. Como tenho a minha casa arrendada por um preço simbólico à madrinha do meu gato e na perspectiva de ir uma ano para Bruges já em Setembro acabei por arrendar também a um preço baixinho a casa de um amigo. Lá em Timor, com troca de mails para aqui, troca de mails para ali, fiquei convencida de que era chegar e desencaixotar. "Amiga tens lá uma casa que tem tudo. Tem esquentador, frigorífico grande, uma mesa, uma Tv, um sofá e uma cama". Eh pá e para quem andou um ano e meio a viver na montanha, de facto, não é preciso mais nada. Homens pá, Homens. Não percebem patavina do que é uma casa a funcionar.
Já arranquei a pele das mãos com tanta lixívia, já tenho as articulações a dar o berro com tantos banhos de água fria [o raio do esquentador desliga-se a meio, pá. Lá vai uma pessoa a praguejar que nem um trolha, cheia de shampoo dos pés à cabeça, pela casa fora, a pingar água por tudo quanto é sítio para voltar a ligar o dito cujo], o frigorífico só funciona pela metade [a parte de cima está viva, a de baixo - congelador - já morreu faz tempo] a TV dá espasmos sempre que se carrega no botão [me-do], os estores estão encravados e tenho duas tigelas debaixo do lava loiças. Tudo em bom, portanto.
No meio disto tudo, e porque as inscrições para o Colégio já estão abertas, ando numa roda viva a recolher cartas de ex-professores, a traduzir certificados [beijinho enorme, assim de coração, ao Ângelo e à Marta que me estão a ajudar] a autenticar certificados [um abraço cheio de gratidão para a Maria que se ofereceu para o fazer] e sei lá mais o quê.
O gato, está óptimo. Primeiro estranhou [tipo agora estou amuado] mas gato que é gato não resiste aos mimos de uma dona apaixonada [e é impossível este bicho não saber e sentir o quanto lhe quero e o amor que lhe tenho]. E é isto minha gente. Ainda com a vida encaixotada mas a mil. Assim que puder respondo aos vossos e-mails e passo lá nos vossos blogs para saber de vós e deixar-vos um abraço.