Na vida, na nossa, na dos outros, há sempre um dia. Um dia isto, um dia aquilo, um dia o outro, um dia eu gostava, um dia talvez, um dia quem sabe. E, não raras vezes, pelo caminho, perde-se a perspectiva daquilo que a vida realmente é. A soma dos dias, de todos os dias em que objectivamente nos é dada a possibilidade de nos cumprirmos. E foi assim. Um dia cansei-me de falar este sonho que tinha, arregacei as mangas, tracei um plano e o dia chegou. Com ele chegaram todos vós. Todos juntos chegaremos lá. E um dia eu estarei a estudar no Colégio da Europa. Na vida, na nossa, na dos outros, o que custa é começar.

* E sim, o mundo está pejado de gente doida, pá, gente doida e sonhadora, gente que contra todas as probabilidades se agarra ao que tem e não tem só para cumprir um sonho. Gente como estes quatro que um dia desataram a escrever uma lista das coisas que gostariam de fazer antes de morrer. A verdade é que quando isto começou, toda a gente dizia que os moços eram malucos. Hoje, mais de metade da lista está cumprida.